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Suicídio na adolescência

  • Foto do escritor: Cláudia Rolim
    Cláudia Rolim
  • 23 de set.
  • 2 min de leitura

As estatísticas são chocantes. Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, lançado em 2024, jovens são um dos destaques entre os grupos analisados sobre suicídio e lesões, sendo a terceira causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos no Brasil. Nos Estados Unidos, dados comprovam que um a cada cinco estudantes secundários já pensou em suicídio - segunda principal causa de morte entre crianças, adolescentes e jovens entre 15e 24 anos de idade.

 

Para o Dr. Evaldo Stanislau, médico infectologista e professor da Inspirali, ecossistema que atua na gestão de 15 escolas médicas em diversas regiões do Brasil, o risco é particularmente elevado entre os jovens LGBTQ+, entre os quais 10%, nos Estados Unidos, já tentou suicídio e cuja taxa de atendimento em alguns serviços especializados chegou a aumentar 700%. “É, portanto, um problema gigante, que não pode ser simplificado em sua abordagem”, complementa o médico.

 

Mas, como conversar sobre suicídio com adolescentes? Stanislau destaca alguns tópicos essenciais para abordar o tema. “Primeiro, é importante que a pessoa entenda que o suicídio não pode ser a única solução para seus problemas insolúveis, abordando outra forma de pensar, como quais os problemas que a pessoa enfrenta e quais soluções existem além do suicídio. Ou lembrar que em outros momentos da vida, isso estará resolvido”.

 

Dr. Evaldo destaca que é preciso tratar abertamente os problemas externos, que podem ser múltiplos, como redes sociais, bullying, problemas na escola ou de discriminação de toda ordem. “Conversando sobre isso, podemos ajudar a superar. Da mesma forma, precisamos identificar os problemas internos, sobretudo as distorções do pensamento, sofrimentos, pensamentos e emoções e, uma vez feito, aprender a lidar com eles e abordá-los da forma adequada”, complementa.


Por fim, Stanislau pontua a necessidade de estimular que a pessoa pense no que ela pode fazer sobre o problema e ensinar caminhos para se manter vivo. “Estimular o diálogo com os pais, familiares e amigos, ensinar ferramentas de controle e defesa psicológica, dar números de telefone para suporte (CVV 188) e, evidente, terapia médica. Não é simples, mas ao menos devemos estar atentos e ajudar”, finaliza.

 

Sobre a Inspirali

Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima e é uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos e 15 instituições localizadas em São Paulo, Piracicaba, São José dos Campos e Cubatão (SP), Belo Horizonte e Vespasiano (MG), Salvador, Irecê, Jacobina, Guanambi e Brumado (BA), Florianópolis e Tubarão (SC), Natal (RN) e Tucuruí (PA). As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. Os alunos são incentivados a participarem de ações humanitárias para vivenciarem uma experiência fora de sala de aula e realizam atendimentos, desde as primeiras fases, às comunidades nos 14 Centros Integrados de Saúde (CIS) e diversos hospitais, em parceria com o SUS.

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