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Foto do escritorViajando De Lá Pra Cá

O amor salva VIDAS

Atualizado: 26 de set. de 2022

O mundo ainda está cheio de pessoas boas, que faz bem ao próximo e que cuida dos animais. Testemunhar isso dá um fôlego de esperança e vontade de retribuir. Vira e mexe, o Hospital Veterinário Taquaral (HVT), em Campinas, recebe animais silvestres machucados ou acidentados levados por cidadãos que, sensibilizados com o sofrimento do bichinho, muda o seu caminho, altera a sua agenda, cancela compromisso ou avisa o chefe que vai chegar mais tarde, tudo isso para resgatar e socorrer o animal.

Um gambá que invadiu o quintal e foi mordido pelo cachorro, um filhote de coruja que teve trauma na cabeça ao bater na porta de vidro, uma rolinha que caiu do ninho, um jabuti que teve fratura de casco ao ser atropelado... Casos comoventes como estes surgem semanalmente no hospital, que tem um setor de animais silvestres completo e que atende tanto pets, como exemplares resgatados.

Crédito: Arquivo pessoal - Gambá brasileiro


A equipe de pets não convencionais do HVT, coordenada pelas veterinárias especializadas Morgana Prado e Raissa Natali, divide a atenção e expertise entre os pets levados pelos tutores para tratamentos ou cirurgias e a recuperação de diferentes bichos que aparecem para serem socorridos, cada um com as suas peculiaridades e problemas.

De longe, o bichinho que mais é resgatado é a fêmea de saruê/ gambá brasileiro (Didelphis marsupialis). De hábitos noturnos, em época de reprodução, sai em busca de alimento para se fortalecer e sustentar os filhotes que, normalmente, estão terminando a fase de gestação na bolsa marsupial da mãe, igual ao canguru.

Crédito: Divulgação

Legenda: Morgana Prado, especializada em animais não convencionais do Hospital Veterinário Taquaral - HVT


Diferente do gambá preto de listra branca personagem conhecido do desenho animado - que é carnívoro, solta um odor fétido e vive no México e no Canadá -- o gambá brasileiro é um marsupial, não exala um cheiro tão ruim e se alimenta de frutos e pequenas presas, como filhotes de roedores. Essencialmente por este fato a sua permanência na vida livre é muito importante para controle de pragas e de doenças, principalmente em locais urbanizados e arborizados. Eles são bastante vistos em condomínios e chácaras e, como escalam muros, não raro, levam choques em cercas elétricas, outra razão pela qual são conduzidos ao HVT.

O gambá, bem como qualquer outro bicho silvestre, quando machucado ou com medo, pode ficar agressivo. De acordo com a Dra. Morgana, no momento do resgate, a pessoa precisa se proteger. "Ao capturar o animal, o responsável deve ter um pano grande nas mãos para enrolar o bicho e, de preferência, colocá-lo numa caixa para o transporte em segurança, pois ele pode morder e transmitir zoonoses, doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas, como a raiva". A especialista ainda salienta: "o HVT funciona 24 horas. Pode telefonar para o hospital que receberá orientações de como proceder com o manejo". A Dra. Raíssa enfatiza que o animal resgatado permanece sob cuidados no HVT pelo tempo que for preciso para a sua recuperação e passa por todos os procedimentos necessários para a sua reabilitação. "Quando sadios, os animais são devolvidos à natureza, e caso não possam, são conduzidos a locais pré-determinados e gabaritados para recebê-los", afirma.


Crédito: Divulgação

Legenda: Raíssa Natali, especializada em animais não convencionais do Hospital Veterinário Taquaral - HVT


SERVIÇO:

HOSPITAL VETERINÁRIO TAQUARAL -- nova unidade

Endereço: Av. Heitor Penteado, 311, Taquaral (em frente ao portão 6 da Lagoa) – Campinas, São Paulo, Brasil

Funcionamento: 24 horas, sete dias por semana

Telefones: +355 (19) 3255-3899 / WhatsApp: + 355 19 99256-5500

Instagram: @hvtcampinas


Crédito: Matheus Campos

Crédito: Divulgação

Crédito: Matheus Campos


Crédito: Divulgação

Legenda: Morgana Prado, especializada em animais não convencionais do Hospital Veterinário Taquaral - HVT

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