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'Meu amor é cego': atores com deficiência visual encenam comédia romântica no Rio

  • Foto do escritor: Luiza Xavier
    Luiza Xavier
  • há 7 dias
  • 2 min de leitura

Primeira comédia romântica protagonizada e escrita por dois atores com deficiência visual no mundo, a peça "Meu amor é cego" estreia, no Rio de Janeiro, no dia 15 de novembro. Dirigidos por Bel Kutner, os atores Sara Bentes (Carol) e Jeffinho Farias (Pedro) interpretam um casal que divide a casa, as contas, os desafios e os sonhos. Pedro é mais romântico, enquanto Carol é pragmática. As diferenças de temperamento e os ruídos na comunicação geram situações que prometem arrancar boas risadas do público. 


Com mais de duas décadas de atuação na cena artística, Sara Bentes é escritora, atriz e cantora; Jeffinho Farias é humorista, ator e diretor artístico. O projeto nasceu da colaboração dos artistas, em 2015, e foi reestruturado ao longo dos anos até dar origem à obra "Meu amor é cego”. 


Sara Bentes é escritora, atriz e cantora; Jeffinho Farias é humorista, ator e diretor artístico
Sara Bentes é escritora, atriz e cantora; Jeffinho Farias é humorista, ator e diretor artístico

Entre um riso e outro, a peça provoca questionamentos sobre capacitismo, papéis de gênero, acessibilidade e assédio. “E, por que não falando de amor?, algo que todo mundo se identifica de alguma forma e, por que não com a comédia?, que alivia qualquer tema, qualquer desconforto", comenta Sara.


Segundo Jeffinho, um dos objetivos da peça é romper com os estereótipos que ainda cercam pessoas com deficiência, especialmente no campo afetivo. “A gente buscou quebrar muitos preconceitos que existem quando se olha para um casal com deficiência”.


Os protagonistas com a diretora do espetáculo, Bel Kutner
Os protagonistas com a diretora do espetáculo, Bel Kutner

Produção inclusiva

A direção de Bel Kutner teve olhar atento para o teatro acessível. As sessões contam com audiodescrição e libras para o público e piso tátil para os atores. “Estou tendo a honra de dirigir dois atores maravilhosos.”, comenta.


Para além da acessibilidade, a obra propõe uma reflexão sobre o protagonismo de pessoas com deficiência, ocupando espaços de criação, decisão e liderança.  “A gente batalha para que as pessoas com deficiência tenham acesso aos produtos culturais e a produzirem esses eventos, a serem os protagonistas desses eventos”, declara Jeffinho.


Serviço

Espetáculo "Meu amor é cego"

15/11: Cine Teatro Alcântara, São Gonçalo/RJ, às 19h

16/11: Sala Ana Maria Gac, Tanguá/RJ, às 19h

05/12: Praça Marechal Floriano Peixoto, Itaboraí/RJ, horário a confirmar

06/12: Cidade das Artes, Barra da Tijuca/RJ, às 20h




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