A Brasileira do Chiado tem novas toalhas a homenagear a Lisboa que desfila pelas suas mesas. Trata-se de uma toalha ilustrada pela mão e pelo talento de Nuno Saraiva, com inspiração nas personagens históricas da cidade e na vida fervilhante do Chiado. As toalhas vão ser lançadas oficialmente hoje, 8 de Fevereiro, n’A Brasileira, com a presença do autor Nuno Saraiva, às 18:30 e é aberto ao público.
Há muito que A Brasileira não é só um dos mais antigos e o mais emblemático café de Lisboa, ponto de encontro dos intelectuais de outrora. É um espaço centenário que preserva o charme e a elegância originais, mas que mantém bem vivo o seu cariz cultural.
Ao pretender homenagear os seus frequentadores de forma original, A Brasileira convidou o ilustrador Nuno Saraiva (que já colabora com o jornal digital Mensagem de Lisboa, que tem n’A Brasileira a sua sede emocional) para um rasgo de inspiração e criatividade para abrilhantar a esplanada. As novas toalhas trazem os traços da vida do Chiado e são uma homenagem d’A Brasileira aos lisboetas e turistas de todas as partes do mundo que desfilam pelas suas mesas, esplanadas e passeio – agora, literalmente! - neste mais de um século do mais icónico café de Lisboa.
Nelas, estão retratados os famosos e anónimos que fazem o colorido mosaico dos frequentadores d’A Brasileira: Amália Rodrigues, Júlio Pomar, Almada Negreiros, Beatriz Costa, Santo António, Almeida Garrett – que, embora tenha morrido antes de o café existir, empresta o nome à rua – e, claro, Fernando Pessoa a mirar a própria estátua, acompanhado pelo reflexo dos seus três heterónimos refletidos numa montra. Mas também os anónimos, não menos relevantes, que todos os dias por ali passam, a dar vida ao café.
Nuno Saraiva é autor e professor de banda desenhada e cartoon, e ilustrador. Colaborou com grande parte da imprensa portuguesa, desenhou as Festas de Lisboa e tem mais de uma dezena de exposições no seu currículo. E agora tem também esta peça que muitos clientes do café pedem levar como recordação.
Sobre A Brasileira do Chiado
Inaugurada a 19 de novembro de 1905, no Chiado, A Brasileira foi criada por Adriano Telles, um ex-emigrante português no Brasil. Com a liberdade conseguida no período pós-implantação da república em 1910, e pela sua localização privilegiada, A Brasileira do Chiado tornou-se um dos cafés mais concorridos de Lisboa na época e foi o cenário de inúmeras tertúlias intelectuais, artísticas e literárias. Escritores e artistas de renome como Fernando Pessoa ou Almada Negreiros encontravam n’A Brasileira do Chiado a inspiração para conceitos e ideias paradoxais.
Foi na Brasileira do Chiado que nasceu o termo «bica», que seria a abreviatura de “beba isto com açúcar”, um incentivo para tornar o café (uma novidade naquela época), mais agradável para os clientes, enquanto lhes criava o hábito e marcava um ritual.
A Brasileira do Chiado mantém intacta a sua identidade, quer pela especificidade da sua decoração, quer pela simbologia que representa por se encontrar ligada a círculos de intelectuais. Classificada, desde 1997, como imóvel de interesse público, é hoje um dos mais antigos e um dos três únicos cafés de Lisboa que atravessaram todo o século XX e se mantêm abertos. A Brasileira do Chiado é, desde sempre, um espaço verdadeiramente icónico da cidade de Lisboa, granjeando o seu posto de destaque entre os locais mais emblemáticos do Chiado, como um dos mais visitados e fotografados de toda a cidade.
A Brasileira do Chiado é uma marca do Grupo O Valor do Tempo, desde março 2020.
Sobre O Grupo O Valor do Tempo
O Grupo O Valor do Tempo foi criado em 1994, em Seia, e a sua primeira expressão pública surgiu em 2002, com a abertura do Museu do Pão. Quase 30 anos depois da sua fundação, o grupo privilegia uma abordagem assente no valor acrescentado do produto feito à mão que atesta que inovação não é sempre sobre tecnologia.
O respeito pela dimensão humana e uma missão focada em democratizar o acesso à cultura, conjugando-a com a economia em claro benefício mútuo, permite dar primazia às pessoas e à História, dois dos grandes pilares da organização, através de um modelo económico reorganizado que coordena os sistemas de produção e de consumo em prol da valorização da economia local e da sustentabilidade.
Para garantir a adequada valorização dos produtos portugueses históricos com os quais trabalha, o grupo aposta numa forte proximidade ao consumidor final através dos setores do turismo e do lazer, contando com 45 espaços em Portugal, através de quinze marcas insígnia: Museu do Pão, Museu da Cerveja, Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, Quinta da Lagoa, Silva & Feijóo, Casa Pereira da Conceição, Confeitaria Peixinho, Comur, Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, Mundo Fantástico das Conservas Portuguesas, Hästens Sleep Spa - CBR Boutique Hotel, A Brasileira do Chiado, Mensagem de Lisboa, Joalharia do Carmo e Figurado de Barcelos – O Valor do Tempo.
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